COM O TEMPO UMA IMPRENSA CÍNICA, MERCENÁRIA, DEMAGÓGICA E CORRUPTA, FORMARÁ UM PÚBLICO TÃO VIL COMO ELA MESMO

Joseph Pulitzer

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Tribunal Militar julga comentador político

O Comentador da estação privada de rádio «Bombolom FM», Justino Sá, é julgado esta sexta-feira, 13 de Setembro, pela justiça militar guineense, poucos dias depois de ter sido ouvido pelo Serviço de Contra-Inteligência Militar.


Na sequência deste processo judicial, a direcção da rádio «Bombolom FM» decidiu fechar as emissões desta sexta-feira, em gesto de solidariedade para com Justino Sá.

Em causa está um comentário feito pelo funcionário da Assembleia Nacional Popular (ANP), sobre as promoções realizadas na cúpula militar guineense pelo Presidente da República de transição, Manuel Serifo Nhamadjo.

Nas referidas declarações, Justino Sá disse que o Presidente de transição foi infeliz na sua decisão e que a iniciativa não seria bem recebida junto da comunidade internacional, considerando ainda «injusto» o facto de um funcionário público receber vários anos de salários incompatíveis com a sua categoria, como justificou Serifo Nhamadjo na cerimónia de promoção dos militares.

O pedido de comparência, feito a 11 de Setembro, foi dirigido pessoalmente ao comentador. Contudo, depois de constatado o erro, os serviços de Contra-Inteligência Militar dirigiram a carta ao Presidente da ANP, Ibraima Sory Djalo.

Justino Sá apresentou-se na Promotoria Militar onde foi interrogado devido à acusação de «falsas informações». O comentador político disse, este sábado, 8 de Setembro, que o número de oficiais das Forças Armadas guineenses é superior ao número de soldados, quando falava da recente promoção de Generais nas Forças Armadas, incluindo o Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, António Indjai, que ascendeu à patente de General de quatro estrelas.

Licenciado em Direito, Justino Sá poderá ter que enfrentar um processo-crime no seio da Promotoria Militar. Contudo, dado que o objecto do caso é um civil, há quem considere que o acusado deveria ser ouvido no Ministério Público mediante uma queixa interposta pelas entidades militares.

(in:pnn)

Sem comentários:

Enviar um comentário