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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Líderes da África Ocidental devem acordar nova data para eleições

Os chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) reúnem-se numa cimeira extraordinária na sexta-feira, em Dacar, na qual deverá ser acordada uma nova data para as eleições gerais na Guiné-Bissau.






O país está a ser dirigido por um Presidente, Serifo Nhamadjo, e um Governo de transição na sequência do golpe militar de 12 de abril de 2012.
Nhamadjo, que vai participar na cimeira, admitiu há duas semanas que uma nova data para as eleições, previstas para 24 de novembro, deveria ser analisada na reunião.
Segundo a CEDEAO, o período de transição devia terminar antes do final deste ano, com a organização das eleições gerais, no entanto, a pouco mais de um mês da data marcada, o recenseamento eleitoral ainda não tinha começado e o adiamento já era admitido por diferentes autoridades.

Na semana passada, o representante especial da Organização das Nações Unidas (ONU) na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, disse ser "de todo impraticável" a realização de eleições no país até ao final do ano, embora tivesse defendido que o escrutínio não pode ser adiado "muito para além das primeiras semanas de 2014".
Além da Guiné-Bissau, a situação no Mali e a ameaça de crise pós-eleitoral na Guiné-Conacri são assuntos prioritários, embora a economia figure no topo da agenda do encontro, indicou a organização no anúncio da cimeira.

Em termos de economia, o tema principal é a Tarifa Externa Comum (TEC) aprovada em março, altura em que foi acordada também a União Aduaneira dos 15 Estados-membros da organização regional, que deve entrar em vigor a partir de 2014.
A aprovação da TEC/CEDEAO abre portas para que se retomem as negociações sobre os Acordos de Parceria Económica (APE) com a União Europeia (UE), paradas há mais de um ano devido a divergências entre os países europeus e oeste-africanos.
O bloco regional vai analisar também o reforço, com tropas e material, da missão da ONU no Mali (MINUSMA), depois do recrudescimento da violência islâmica.

O Mali tem marcadas eleições legislativas para 24 de novembro, depois das presidenciais de há dois meses vencidas por Ibrahim Boubacar Keita.
Os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO deverão ainda apelar à calma na Guiné-Conacri, onde a oposição anunciou que vai levar as suas alegações de fraude eleitoral ao Supremo Tribunal.

A oposição quer que sejam anuladas as eleições legislativas de 28 de setembro, que deram a maioria absoluta a uma coligação de que faz parte o partido do Presidente Alpha Condé.
O primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, também participa na cimeira da CEDEAO.

(in:lusa)

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