Constituído por dezenas de ilhas e ilhéus, vários desabitados, o território insular da Guiné-Bissau tem falta de transportes públicos, o que afeta serviços como o comércio, saúde e educação para algumas dezenas de milhares de habitantes.

Ao mesmo tempo, é a região do país onde existem alguns complexos turísticos (com energia e transportes particulares) que atraem clientes internacionais e que acabam por prestar também algum apoio à população.

O Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) já tem três escritórios descentralizados no país, em São Domingos (norte), Bafatá (leste) e Buba (sul).

“Falta ainda um quarto escritório, [a instalar] muito previsivelmente no arquipélago dos Bijagós e cuja abertura está pendente da resolução de aspetos logísticos”, anunciou hoje a UNIOGBIS, em comunicado.

Estes espaços descentralizados têm como objetivo aproximar a ONU da população, na promoção da paz e estabilidade.

“Tem de haver diálogo”, entre políticos, militares e sociedade civil, “para que não haja desconfianças, procurando deixar para trás as tragédias do passado”, refere o comunicado, citando Ramos-Horta, representante especial da ONU para o país.
“Caso contrário, muito dificilmente, mesmo depois das próximas eleições, se chegará à paz, à eliminação da pobreza e ao desenvolvimento sustentável”, conclui.