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Joseph Pulitzer

domingo, 15 de dezembro de 2013

O Bom Tempo Virá !

Dois mil anos atrás os gregos, os romanos, os fenícios, os judeus e os egípcios já falavam de Estado, de Democracia, de ciência, em suma de filosofia. 

Hoje muitos povos lutam pela sobrevivência, num obscurantismo inerente, imposto e aceite como um destino irreversível. Nessa inépcia o Povo Guineense que enfrentou com bravura o colonialismo para o desalojar cinco séculos depois, se sente impotente, como se os apoteoses de Amilcar Cabral perderam todo o seu valor. A resistência contra a implantação do colonialismo durou séculos, admitindo os invasores que, entre os povos, os guineenses eram caricias. 

Se os nossos antepassados , pela força do destino descobrissem hoje, a situação caótica em que vivem os guineenses, a vergonha seria monstruosa. A liberdade tão desejada, conquista com suor, sangue e vidas, nos escapa das mãos como águas. Suplicam hoje guineenses, a espera da Divina providência, como se o mal que devem enfrentar fosse o pior de todos os males. A mais nefasta, a desconhecida, que nenhum ser seria capaz de combater. 

A mutação do mundo deixou a Guiné-Bissau com fome de desenvolvimento e os guineenses com a fome de filosofia. Na sua piroga o guineense deriva, sem bússola e sem destino. Animado duma esperança que lhe é intrínseca, ele espera. Ele espera que a tempestade se calme e que finalmente o destino o leve ao bom porto. Pura ilusão de óptica numa imaginação cocha e deficiente. Porque razão viver de sonhos se há possibilidades de realizá-los? Porque razão esperamos se o tempo urge? 

Os nossos doutores deviam valorizar a nossa liberdade. O sagrado mesmo é essa liberdade que deixamos degradar, imputando-nos uma parte de nossa dignidade. A demissão dos guineenses à causa nacional é fruto mesmo da sua ignorância. Quem sabe não teme.

A Guiné-Bissau sobreviverá, o futuro dos guineenses só Deus sabe.

(P.Gomes, dez.2013) 




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