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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Adiado julgamento do director do semanário «Donos da Bola»

A Vara Crime do Tribunal Regional de Bissau adiou, esta segunda-feira, 24 de Fevereiro, a sessão de audiência, discussão e julgamento do processo 06/2014, que se dirige a Pedro Lucas de Carvalho e outros elementos do semanário «Donos da Bola».

 
O caso envolve o Procurador-geral da República, Abudu Mane, e o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Paulo Sanha, ambos do lado da acusação.

O motivo deste adiamento prende-se com a falta de notificação de Paulo Sanha, uma das partes queixosas deste processo. A nova sessão ficou marcada para 17 de Março pelas 10 horas de Bissau.

«Fica a presente sessão de audiência, discussão e julgamento adiada para 17 de Março do ano em curso, com fundamento na notificação do ofendido Paulo Sanha pelo oficial de justiça, sem cumprimento do disposto no número 2 do artigo 215.º do Código do Processo Penal», lê-se no despacho do Presidente desta instituição judicial, Aimadu Sauane, datado de 20 de Fevereiro.

A polémica sobre este caso teve início aquando da publicação de uma notícia com o título «Abudu Mane e Paulo Sanha pretendem afastar José
Mário Vaz (JOMAV) da política», pelo jornal «Donos da Bola» na sua edição de 26 de Novembro de 2013.

Tanto Paulo Sanha como Abudu Mane não gostaram do artigo em causa e moveram uma queixa-crime contra toda a equipa redactorial da publicação, tendo a autoria da notícia sido assumida pelo director.

Em conferência de imprensa realizada esta sexta-feira, 21 de Fevereiro, em Bissau, Pedro Lucas denunciou que os seus jornalistas estão a ser alvo de perseguição e de intimidações por parte dos detentores do poder, com a finalidade de os silenciarem.

Nesta mesma comunicação, Pedro Lucas de Carvalho revelou que a sua equipa corre o risco de se apresentar perante o colectivo de juízes sem um corpo de defesa, dado que todos os advogados contactados se revelaram reticentes em relação ao caso, por se tratar de um assunto que envolve os dois grandes nomes da justiça guineense.

Em causa está mais uma acçao de Abudu Mane contra a imprensa guineense desde que foi nomeado Procurador-geral da República, há mais de dois anos.
 
 

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