COM O TEMPO UMA IMPRENSA CÍNICA, MERCENÁRIA, DEMAGÓGICA E CORRUPTA, FORMARÁ UM PÚBLICO TÃO VIL COMO ELA MESMO

Joseph Pulitzer

segunda-feira, 24 de março de 2014

Comunidade internacional avisa militares

A COMUNIDADE internacional reuniu-se sábado com o Presidente de transição da Guiné-Bissau para dirigir um aviso aos militares do país: as agressões ocorridas a um candidato a deputado são um acto “inaceitável”, referiu José Ramos-Horta, representante das Nações Unidas.

“É um acto totalmente inaceitável para o secretário-geral das Nações Unidas e para o Conselho de Segurança”, que está a seguir a situação atentamente, sublinhou Ramos-Horta, numa declaração subscrita pelos restantes representantes das organizações internacionais presentes na reunião.
Aquele responsável falava no final do encontro no Palácio da Presidência em que participaram também a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), União Africana (UA), Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a União Europeia (UE).
Mário Fambé, dirigente do Partido da Renovação Social (PRS) e candidato a deputado nas eleições de 13 de Abril, foi sequestrado na quarta-feira por homens armados, detido nas instalações do Estado-Maior General das Forças Armadas e sujeito a agressões, antes de ser libertado na sexta-feira.
As estruturas militares não comentam o assunto, nem foi dada qualquer justificação para o sucedido.
A situação ocorre numa altura em que o PRS, principal força da oposição, está dividido. Nas eleições de 13 de Abril, figuras internas apoiam outras três candidaturas à presidência além do candidato oficial do partido, Abel Incada, que denunciou o sequestro.
O fundador do PRS e ex-presidente Kumba Yalá apoia Nuno Nabiam, enquanto outros dois membros da força política, Jorge Malú e Sori Djaló, avançam com as suas próprias candidaturas.
 
Por entre estas divisões, Abel Incada referiu na quinta-feira que há mais casos de perseguição a militantes do PRS, que não quis explicar.
Para Ramos-Horta, o ataque a Mário Fambé tratou-se de um “incidente de agressão e prepotência contra um candidato dirigente de um partido que foi levado ao quartel da Amura (instalações do Estado-Maior General das Forças Armadas), espancado e que agora está no Hospital Militar”.

PAIGC CRITICA INTERFERÊNCIAS 
O PAIGC, partido maioritário no Parlamento da Guiné-Bissau, avisou sábado que não vai tolerar interferências de “entidades estranhas” na campanha eleitoral para o escrutínio do dia 13 de Abril próximo.
O aviso foi feito por Baciro Djá, um dos vice-presidentes e director de campanha do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) na abertura da campanha eleitoral do partido sábado em Bissau.
“Neste momento estamos numa luta política no quadro democrático, o PAIGC não vai tolerar a interferência de entidades estranhas a este jogo”, declarou Baciro Djá, ministro da Defesa no Governo deposto pelo golpe militar em Abril de 2012.




Sem comentários:

Enviar um comentário