COM O TEMPO UMA IMPRENSA CÍNICA, MERCENÁRIA, DEMAGÓGICA E CORRUPTA, FORMARÁ UM PÚBLICO TÃO VIL COMO ELA MESMO

Joseph Pulitzer

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Neo-colonialismo ou boas relações ?

Desde os tempos da Guerra Fria que as relações militares e económicas entre a China e os países africanos se vêm desenvolvendo de forma positiva. 


A China vende armas, pratica missões conjuntas e treina militares africanos em nome da paz e da segurança, e os países africanos cedem bens materiais e primários mais baratos.
Até aqui, parece uma relação de troca bastante positiva para ambos os lados. E parece bem, pois a China continua a reivindicar a posição de grande potência mundial económica em ascensão e os países Africanos continuam as suas lutas pela liberdade apoiados por armamento destinado a servir a paz e os direitos humanos, embora nem sempre o façam. Esta é a versão optimista da situação.

Passemos à realista: A China é uma super potência mundial que quer afirmar-se como tal e sabe que enquanto as guerras africanas, e do Médio Oriente, continuarem, e se continuarem a usar o seu armamento, esses países estarão, de certa forma, submetidos à sua vontade. E a China não só precisa de vender o que produz, inclusive armamento, como precisa de obter matéria prima barata. Além disso, certamente que outras potências assumiriam o agora seu lugar estratégico, o que poderia fazer com que ficasse para trás na corrida ao pódio de economia mundial.

Resumindo, será que a China apoia os países africanos realmente com o intuito de promover a paz e a segurança, de terminar com as guerras e conflitos que já se estendem desde há vários anos?

Ou será que é apenas mais uma potência, como as outras? Estaremos perante uma relação económica justa para ambas as partes? Ou, por outro lado, temos diante os nossos olhos um neocolonialismo que, ao invés do antigo que se servia da força, se serve do poder económico para submeter os menos desenvolvidos à sua vontade?

(por: Nuno Martinho)



Sem comentários:

Enviar um comentário