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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Itália pondera suspender resgate de barcos com migrantes, Portugal ajuda a ocupar o vazio

As autoridades italianas estão a ponderar suspender a sua missão de resgate de embarcações com migrantes africanos, deixando o salvamento a cargo da missão europeia, a ser lançada no próximo sábado.


A missão da União Europeia, (OPERAÇÃO TRITON) que vai contar com meios portugueses, surge por receio que o número de vítimas mortais aumente após a saída das equipas italianas.

O Reino Unido anunciou que não planeia apoiar a União Europeia no desenvolvimento destas missões de resgate, argumentando que vai criar um "efeito de atracção", incentivando os migrantes a aventurarem-se nas travessias marítimas.

Os esforços da Marinha e da Guarda Costeira italianas já salvaram este ano cerca de 150 mil pessoas que tentavam chegar ao país vindos do norte de África.

A entrada em funcionamento da missão europeia "Triton" acontece numa altura em que tudo indica que a missão italiana vai ser cancelada. "A 'Mare Nostrum' está a ser encerrada. Vai haver uma decisão formal durante uma das próximas reuniões do gabinete", disse recentemente o vice-primeiro ministro e ministro do Interior, Angelino Alfano.

No entanto, o governante recordou que as operações são distintas: a "Triton" vai permanecer em águas territoriais europeias e a "Mare Nostrum" resgata pessoas do Estreito da Sicília até à costa da Líbia.

O dispositivo "Mare Nostrum", militar e humanitário, foi lançado em Outubro de 2013 pelo Governo italiano para reforçar a vigilância e segurança no Mediterrâneo, depois do acidente no início desse mês, em que morreram 339 imigrantes quando tentavam alcançar Lampedusa.

A operação italiana, que também passou a usar aviões não tripulados (drones) para localizar barcos suspeitos, juntou-se a iniciativas europeias como o “Frontex”.
P.s.  A missão "Mare Nostrum" foi criada há um ano, depois de dois naufrágios mortais, um dos quais ao largo de Lampedusa.


"OPERAÇÃO TRITON"
Oito países da União Europeia, entre os quais Portugal, disponibilizaram navios e aviões para a “Operação Triton”, que vai patrulhar o Mediterrâneo e socorrer migrantes em perigo a partir de Novembro.

A Frontex, agência europeia para a vigilância das fronteiras, encarregada de coordenar a operação e colocada sob comando italiano, pretende utilizar mensalmente seis navios, dois aviões e um helicóptero, adiantou num comunicado.

A agência vai também apoiar as autoridades italianas na recolha de informações durante a recepção aos migrantes com cinco equipas de investigadores de outros países membros do Espaço Schengen.

Portugal, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Islândia, Lituânia e Malta anunciaram que podem disponibilizar meios, precisou a Frontex, que previu um orçamento mensal de 2,9 milhões de euros para este fim.

As equipas que ajudarão na recolha de informações serão compostas por elementos da Alemanha, Áustria, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Noruega, Polónia, Portugal, Roménia, Suécia e Suíça, indicou.

"De acordo com o mandato da Frontex, o principal objectivo da Triton será o controlo das fronteiras marítimas, mas consideramos que salvar vidas será a prioridade da operação", disse o director da agência, Gil Arias Fernandez, citado no comunicado.

A Triton não substituirá a “Operação Mare Nostrum” lançada pela Itália na sequência da tragédia de Lampedusa em Outubro de 2013, que causou a morte de 339 imigrantes, segundo a Comissão Europeia.

Os navios e aviões envolvidos na operação vão apoiar os navios italianos e devem socorrer embarcações em perigo, cujos passageiros serão transportados para Itália, que continua encarregada do acolhimento e da análise dos pedidos de asilo.


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