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Joseph Pulitzer

sábado, 28 de março de 2015

Domingos Simões Pereira

Já lá vão uns anos desde o dia em que o conheci. De aparência firme, sorriso rasgado e invulgar descontracção, não tive dúvidas que era um homem predestinado a um lugar na história.

Lembro-me claramente que um encontro que seria de 15 minutos rapidamente se estendeu por uma hora. Partilhámos ideias, convicções e paixões. Daquelas que verdadeiramente acreditamos e que nos fazem querer ir mais além, acreditar e lutar por elas. Um homem invulgar para a sua posição, destemido, prático e, acima de tudo humano, genuinamente humano.
Nos anos em que esteve à frente da CPLP sentiu-se o seu pulsar. Sensível às clivagens políticas e às idiossincrasias de cada povo elevou-lhe o nível e deixou a sua marca. Percebia-se desde cedo que era uma etapa. Mas firme e vivida com rigor. Não como muitos políticos da praça que usam cargos como trampolins tendo em vista um desígnio maior, fabricado, não predestinado.

Sempre que nos cruzávamos falávamos muito, sobre o seu País, as suas gentes e necessidade de lhe dar um rumo. Na altura estava longe de imaginar que pudesse vir a acontecer tão cedo. Deslocava-me com alguma frequência a Bissau, contribuindo com o meu trabalho para ajudar um País que merecia melhor e que hoje tem melhor. E pensava muitas vezes: aquele era o homem ideal. E hoje volvidos 6 anos aí o temos: Domingos Simões Pereira – o Homem.

Faz-me acreditar e continuar, todos os dias, a lutar por aquilo que acredito e pelo que me apaixona. Uma lição para todos nós e em especial para muita da classe política nacional. Arriscou tudo pelo país que ama, o povo que admira e pelas suas convicções. Bem hajas!
Por Filipa Baptista
 

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