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Joseph Pulitzer

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Importância da construção de rede elétrica de alta tensão no país

"Este projecto é importante no quadro da OMGV (Organização para o Aproveitamento da Bacia do Rio Gâmbia, na sigla francesa) que deverá entrar em funcionamento no próximo ano. Cada um dos países membros desta organização deve subscrever a sua cota dentro do programa", declarou Domingos Simões Pereira.


O primeiro-ministro guineense fez estas declarações à imprensa após uma reunião, no Palácio de Belém, com Aníbal Cavaco Silva, a quem foi apresentar uma actualização da situação na Guiné-Bissau e "ouvir os conselhos" do Presidente português.

"A Guiné-Bissau tem uma cota muito importante, se não me engano cerca de 30 megawatts, é algo importante para a Guiné-Bissau nesta fase e, por isso, chega em boa altura o pronunciamento de alguns parceiros no sentido de apoiarem a subscrição da cota da Guiné-Bissau para a sua conexão às duas barragens", afirmou Simões Pereira.

A Guiné-Bissau vai receber um financiamento de 78 milhões de dólares (73 milhões de euros) do Banco Mundial para a construção de 218 quilómetros de rede de transporte de energia de alta tensão e de dois postos de transformação em locais estratégicos de distribuição, Saltinho e Bambadinca.

A concretização do projecto deverá passar agora pelos concursos para obras e permitirá aproveitar a electricidade que será produzida a partir deste ano na barragem de Kaleta, na Guiné-Conacri. Ao mesmo tempo deverá avançar a construção da segunda barragem no quadro da OMGV em Sambangalou (no Senegal).

Com as duas infraestruturas em funcionamento e com os cabos de interconexão ligados, o Governo estima que a Guiné-Bissau tenha 40 por cento das suas necessidades energéticas resolvidas.

A OMGV vai organizar ainda em maio uma mesa redonda de doadores para construir uma barragem de irrigação agrícola na Guiné-Bissau orçada em 80 milhões de euros.

Sobre a conferência internacional para a Guiné-Bissau, realizada em Bruxelas em março, Simões Pereira mostrou-se grato pela participação activa de Portugal, que tenciona assinar até junho um novo programa estratégico de cooperação com o país africano num montante de cerca de 40 milhões de euros.

No total, a comunidade internacional irá mobilizar uma ajuda à Guiné-Bissau de mais de mil milhões de euros.

Segundo o primeiro-ministro, "outro dos aspectos importantes que é compreender qual é a forma física deste 'cheque' e como é que se montam as estruturas para uma implementação cuidada e criteriosa deste pronunciamento que a comunidade internacional fez. Há um trabalho a ser feito e a comunidade internacional se afirma disponível a trabalhar connosco (..)."

"Nós apresentamos em Bruxelas 151 projectos. Isto poderia ser considerado uma lista de intenções. Nós, neste momento, estamos a trabalhar com a perspectiva de nos próximos três meses convocar um fórum económico, no qual esperamos poder desenvolver programas específicos. Um 'business plan' para cada um dos projectos que aí apresentamos", afirmou.

"Sempre chamamos a atenção que nós não desenvolvemos um plano estratégico para a mesa redonda. Nós apresentamos uma visão de futuro, desenvolvemos uma visão estratégica e agora estamos a implementá-la", assinalou, dizendo que todas as componentes são importantes.

O primeiro-ministro também disse que o lançamento da campanha da castanha de caju, nomeadamente o ano agrícola e sua a comercialização, será no sábado, lembrando ainda que é um "produto estratégico" para a Guiné-Bissau.

"(O país) já tem um potencial (de produção) de cerca de 200 mil toneladas, ou um pouco mais, de castanha por ano. Temos ainda um espaço de progressão, porque o nível de transformação local é muito baixo e há muitos desafios que enfrentamos no passado que gostávamos de poder prevenir a esta distância do início da campanha", concluiu.



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