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Joseph Pulitzer

sábado, 22 de agosto de 2015

UNESCO: homenagem a vitimas e povos que resistiram à escravidão

Para marcar o Dia Internacional de Lembrança do Tráfico de Escravos e de sua Abolição, a directora-geral da UNESCO, Irina Bokova, lembrou que a data serve tanto como uma “homenagem a todas as vítimas e a sua resistência à escravidão” quanto um “chamado à verdade, à justiça e ao diálogo entre os povos”.


Celebrada todos os anos em 23 de agosto, o Dia faz referência à revolta de escravos em Santo Domingo, que ocorreu na noite de 22 para 23 de agosto de 1791. Neste ano, no entanto, a diretora-geral lembra que a mensagem tem uma importância particular, uma vez que 2015 marca o início da Década Internacional de Afrodescendentes (2015-2024).

“O espírito deste Dia, estabelecido em 1997 por iniciativa da UNESCO, é coerente com o objetivo da Década de promover o conhecimento e o respeito à contribuição dos afrodescendentes para a diversidade cultural e o desenvolvimento das sociedades”, disse.

“O crime da escravidão formou vínculos irreversíveis entre povos e continentes, e lembra a todos os povos do mundo que seus destinos são interligados, pois suas histórias e identidades foram parcialmente formadas através dos mares, às vezes mesmo em outros continentes. Ao se ensinar, comunicar e transmitir essa história, podemos agora fortalecer os direitos e a dignidade dos afrodescendentes e, juntos, combater todas as formas de racismo e discriminação.”

Por meio do seus projetos Rota do Escravo e História Geral da África, a UNESCO se empenha em revelar a realidade da escravidão e do tráfico de escravos para nos ajudar a aprender com esse capítulo da história. Por 20 anos, o Projeto Rota do Escravo tem estimulado a pesquisa e encorajado a implementação de ferramentas educacionais em escolas, a proteção de sítios memoriais e, ainda, o reconhecimento oficial pelas Nações Unidas, em 2001, da escravidão como um crime contra a humanidade.

“Colocada frente aos perigos permanentes do racismo e do extremismo, a UNESCO toma ações para garantir que a memória e a história sejam forças para o diálogo, a tolerância e o entendimento mútuo”, afirmou. “Por meio da promoção da diversidade inerente às nações, bem como da experiência da escravidão e do tráfico de escravos, nós podemos entender melhor a diversidade que existe no mundo e encontrar um caminho para a paz”, concluiu Bokova.


(Detalhe do monumento em memória às vítimas da escravidão inaugurado em 2015 na sede da ONU em NY. Foto: ONU/Devra Berkowitz)



























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