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Joseph Pulitzer

sábado, 26 de setembro de 2015

Para onde vai a riqueza do Caju ?

Exportando a castanha em bruto, o continente africano exporta também os postos de trabalho e, por via disso, o rendimento que as suas populações tanto precisam.


Moçambique e Guiné-Bissau pretendem cooperar no sector do caju, soube-se de fontes dos dois países durante o decurso da Conferência Internacional do Caju que decorre na capital moçambicana.

Aos dois países já iniciaram aproximação e a Guiné-Bissau, o segundo maior produtor da castanha de caju em África com uma média de 200 mil toneladas/ano, pretende aprofundar a experiência de Moçambique no domínio da industrialização do caju.

Moçambique, quarto maior produtor africano do caju e um dos líderes na industrialização e processamento da castanha no continente, pretende aperfeiçoar conhecimentos no domínio da produção.

Durante a Conferência Internacional do Caju quase todos os participantes coincidiram na ideia de uma maior aposta no processamento local da castanha pelos países produtores em África.

Actualmente, o Continente Africano produz metade da castanha comercializada em todo o mundo, estimada em três milhões de toneladas, mas apenas processa 10 por cento dessa produção.

Exportando a castanha em bruto, o continente africano exporta também os postos de trabalho e, por via disso, o rendimento que as suas populações tanto precisam.


Filomena Maiopue, directora do Instituto de Fomento do Caju (INCAJU) de Moçambique defendeu que o subsector do caju pode jogar um papel chave no desenvolvimento da economia e África pode competir mas para que isso aconteça o continente tem que aprimorar a sua plataforma de agro-negócio e ao mesmo tempo melhorar a visão sobre o futuro comum.

“Devemos explorar correctamente a iniciativa criadora do sector privado para que seja o difusor dos aspectos tecnológicos de produção e de pós-colheita que a nossa investigação dispõe aos produtores. Desta forma estaremos a ampliar a rede de extensão agrária para os que dela necessitam”, referiu Maiopue.

A Conferência Internacional do Caju é o maior fórum mundial do caju. O mesmo liga a investigação com a produção e o mercado, coloca em debate questões cadentes do negócio do caju como comércio ético e a produção orgânica, convida os participantes a reflectirem sobre a competitividade actual e futura bem como os caminhos a trilhar para equilibrar a oferta e a demanda global da castanha com base no aumento da produção e produtividade, utilização cada vez mais de boas práticas de produção, comercialização, processamento e exportação.

Georget Taraf, presidente da Aliança Africana do Caju (ACA) defende que a transformação da castanha do caju é um meio de luta contra a pobreza, por isso, todos os Governos que têm na sua agenda acabar com este mal social têm no caju um instrumento para vencer essa luta.

“Os países africanos têm que se ajudar para que a criação da riqueza, através do caju, fique em África. A indústria deve trabalhar para reforçar as ligações com os mercados e reduzir os custos de produção”, referiu Georget Taraf.

De referir que a ACA é considerada a face africana do agro-negócio do caju. Desde a sua criação há cerca de dez anos na Guiné-Bissau, este organismo tem servido de alavanca para o desenvolvimento cada vez crescente da produção em todos os países africanos produtores de castanha de caju.
 
 
 
 

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