COM O TEMPO UMA IMPRENSA CÍNICA, MERCENÁRIA, DEMAGÓGICA E CORRUPTA, FORMARÁ UM PÚBLICO TÃO VIL COMO ELA MESMO

Joseph Pulitzer

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Estados Unidos pressionados a condenar “repressão” em Angola

O caso Luaty Beirão é o mais recente, mas não o único, “repressão” do regime de Angola contra cidadãos pacíficos. Para Jeffrey Smith, analista norte-americano do Instituto Robert F. Kennedy, as potências ocidentais têm sido complacentes. Após a tomada de posição do Parlamento Europeu, defende, devem ser os Estados Unidos a condenar os últimos acontecimentos.


Em artigo publicado no site da Robert F. Kennedy Human Rights, Smith afirma que responsáveis do Departamento de Estado têm discutido questões de Direitos Humanos com as autoridades angolanas. Mas o silêncio público de Washington e outras capitais acaba por fortalecer a linha seguida pelo regime. E a repressão vai trazer mais dissidência e perda de vidas humanas, avisa.

“Os Estados Unidos devem usar o seu peso diplomático junto dos líderes angolanos para assegurar que todos os presos políticos, como Luaty Beirão e Albano Bingobingo, que estão em greve de fome, sejam libertados incondicionalmente e que os direitos de todos os angolanos sejam respeitados”, defende Jeffrey Smith. “Tem de ser feito mais”, depois de o Parlamento Europeu ter emitido uma declaração condenando a situação.

Para o analista, a “maior repressão” este ano é motivo de “particular preocupação”. “Por demasiado tempo, os Estados Unidos e outras potências mundiais fingiram não ver os abusos e mantiveram relações diplomáticas favoráveis”. Este ano, Angola abriu um escritório consular em Los Angeles, depois de ter sido um dos dois países da África Subsaariana a assinar um acordo de comércio bilateral com Washington.

Entretanto, o clima político em Angola tornou-se” tóxico e paranóico”, devido à linha dura seguida por José Eduardo dos Santos. Smith dá os exemplos da “perseguição judicial” ao jornalista Rafael Marques, do “massacre” da seita Kalupeteka, da “detenção ilegal” dos jovens que se encontram em greve de fome e outros 13 activistas, da violência sobre manifestantes pacíficos, além de outras detenções e condenações a pena de prisão.

Smith lembra que 50 organizações de Direitos Humanos escreveram uma carta aberta ao presidente, acerca dos abusos registados.
 
 
 
 
 

Sem comentários:

Enviar um comentário